Negócio

Os oito países que integram a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) concordaram neste domingo, 30, em manter os níveis de produção de óleo atuais no primeiro trimestre de 2026. Também foi decidido em reunião realizada hoje o estabelecimento de um mecanismo para avaliar a capacidade máxima de produção de cada integrante, informou a entidade em comunicado oficial.

“Os oito países participantes reafirmaram sua decisão de 2 de novembro de 2025 de pausar os incrementos de produção em janeiro, fevereiro e março de 2026 devido à sazonalidade”, diz a Opep+ no documento. Fazem parte da organização Arábia Saudita, Rússia, Iraque, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Cazaquistão, Argélia e Omã, que, juntos, respondem por metade da oferta global de petróleo.

Dois delegados do grupo e uma fonte familiarizada com o assunto já haviam vazado à imprensa que, no atual encontro, a política de pausar novos incrementos na produção seria mantida para os primeiros três meses do próximo ano.

“Os oito países integrantes reafirmam compromisso com a estabilidade do mercado diante da perspectiva econômica global estável e dos fundamentos saudáveis do mercado de petróleo, refletidos em baixos estoques”, informa a nota da Opep+. Mais de 3 milhões de barris por dia de cortes de produção ainda estão em vigor.

O grupo, que realiza reuniões mensais para revisar as condições do mercado, se encontrou hoje em meio a uma nova iniciativa dos Estados Unidos para um acordo de cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia, que poderia elevar o fornecimento de petróleo caso as sanções contra Moscou sejam suavizadas. A próxima decisão do cartel será em 4 de janeiro de 2026.

Veja mais